Caso de mpox na emergência! Saiba como agir
Em 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nova Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional baseada no cenário de mpox no continente africano. A motivação é o risco de disseminação global, tendo em vista a identificação de uma nova variante do vírus (Clado 1b), mais transmissível e que causa doença mais grave.
No Brasil, desde o início de 2024, foram registrados 709 casos, sendo a maior concentração na região Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul, são 5 casos confirmados de mpox em 2024. Destes, 3 casos são de moradores de Porto Alegre, um caso é de uma pessoa residente em Gravataí e o outro é de um morador de Passo Fundo.
Todos são da cepa anterior do vírus e não da nova, que fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar emergência sanitária global em razão da doença.
A mpox é uma doença de notificação compulsória imediata e os casos suspeitos devem ser notificados, ainda na presença do paciente, no sistema e-SUS Sinan.
É definido como caso suspeito aquele paciente de qualquer idade que apresente:
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Início súbito de lesão em mucosas;
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Erupção cutânea aguda sugestiva de mpox (única ou múltipla) em qualquer parte do corpo (incluindo região genital, perianal e oral);
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Proctite;
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Edema peniano, podendo estar associado a outros sinais e sintomas.
Apresentação
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Lesões papulovesiculares precedidas ou não por febre ou linfadenopatia.
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Transmissão: contato próximo com secreções, animais silvestres ou materiais contaminados.
Diagnóstico
O teste para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita da doença. Ele é feito através de PCR de material coletado das vesículas ou crostas. Quando não houver lesão cutânea (contato com caso confirmado), coletar swabs de oro/nasofaringe, perianal e genital.
Isolamento de casos suspeitos e uso de EPI
Para todo caso suspeito, há orientação de isolamento imediato. Da mesma forma, o profissional de saúde que atenda o paciente deve usar corretamente os EPIs (máscara, luva, avental, óculos ou protetor facial).
Tratamento
Atualmente, o tratamento dos casos de monkeypox tem se sustentado em medidas de suporte clínico que envolvem manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e manutenção do balanço hidroeletrolítico. Entretanto, alguns antivirais demonstraram atividade contra o monkeypox vírus, sendo indicados em paciente com lesão ocular e/ou paciente internado com a forma grave da doença.
Fonte: Nota técnica Prefeitura de Porto Alegre. Para mais informações, acesse a nota técnica completa: